segunda-feira, 5 de março de 2012

Prólogo de Amaldiçoados- Livro de Patrícia Moura


       
O pacto

Ano de 1710, Brasil.
 Na pacata e pequena cidade de Fervedouro, no estado de Minas Gerais, as tardes eram sempre frescas e o clima sempre Ameno. Não que Angélica percebesse qualquer coisa quando estava com seu amor e quase noivo. Domini Squiavo:
__ Amanhã é o nosso grande dia.__lembrou-lhe Domini sussurrando em seu ouvido, como se ela pudesse esquecer o dia em que finalmente ficaria noiva com ele.
   Mesmo depois de tantos anos, Angélica, que conhecia Domini toda sua vida; não se cansava de admirá-lo.
   Não que ninguém mais notasse em seus um metro e noventa de altura, sua pele de um tom quase europeu, seus olhos azuis, cabelos de um castanho escuro, traços angulosos e um queixo perfeito. Domini era realmente, um belo rapaz. Sempre muito bem vestido e asseado.
     Aquele casamento era aguardado por quase toda cidade e seus pais faziam muito gosto, pois uniriam duas grandes fortunas:
__ Achas que eu esqueceria?__respondeu ela sorridente após um suave beijo.
   Angélica, também fazia parte dos sonhos de muitos rapazes da cidade.
   Certamente era uma moça muito bela e sua beleza angelical equiparavam a Domini, fazendo-os parecerem irmãos:__ Muito em breve serei tua esposa.__ Domini, antes mesmo, que Angélica dissesse algo mais, beijou-a com paixão, envolvendo-a com seus braços fortes.
   Sempre que Domini a beijava daquela maneira, Angélica se esquivava. Não por não desejá-lo, mas por temer se envolver em seu próprio desejo e perder-se naqueles beijos tão quentes que faziam com que toda sua pele parecesse queimar.
   Angélica queria guardar-se para o casamento, e por mais que amasse Domini, ela também não queria decepcionar seu pai. O coronel Amâncio Peixoto Fraga:__ Preciso ir-me agora.__ concluiu ela já se soltando dos braços dele:__ Por certo que sonharei contigo esta noite, ansiando que o amanhã tão logo chegue!
   Ela já corria pelos campos de volta para casa, deixando Domini suspirando e também ansioso pelo reencontro com sua amada.

  Angélica não demorou em chegar a casa onde seus pais lhe aguardavam, e ao vê-los, logo soube que algo não estava certo:__ Papai, mamãe?Algum problema?__algo em seus rostos, fez com que Angélica se arrependesse por ter perguntado. Ela pensou: Talvez não quisesse saber a resposta, mas seu pai tratou logo em lhe dar:
__ Angélica minha filha...__dizia o homem sentado na poltrona, posicionada embaixo de uma grande janela coberta por também grandes cortinas de cetim de cor azul e rendas brancas.
   Toda a mobília era muito luxuosa e em tons azuis.
      O pai de Angélica era um homem forte, alto e de meia idade, porém sua pele era bronzeada pelo tempo quente e ensolarado, clima que costumava fazer em Fervedouro, lhe dava um aspecto mais rude do que realmente era. Seus cabelos negros lhe davam um ar mais jovem.
     Sua mãe na verdade era mais jovem que seu pai, mas sua seriedade lhe dava sempre o ar mais velho e quase cruel. Seus olhos azuis acentuavam-se sob sua pele branca, alva e os cabelos longos tinham um tom castanho avermelhado, que faziam dela uma das mulheres mais belas daquela pequena cidade. Sempre bem vestida, bem maquiada. Ela era realmente muito chique para aquele povoado:__ Sente-se aqui.__ordenou seu pai, fazendo um gesto com as mãos; para que ela se sentasse a seu lado, em outra poltrona:__ Precisamos conversar...__e esperou que ela se sentasse pacientemente. Ele continuou:__ Eu sou seu pai e como tal eu preciso tomar certas decisões que nem sempre serão entendidas por você... Mas eu acabei de chegar da cidade onde ouvi umas histórias que de certo me fizeram tomar uma atitude que não irá agradá-la, mas não posso deixar que faça parte dessa sujeira...__ele parou para olhá-la e notou que ela já parecia meio desesperada, mas ainda assim continuou:__ Não haverá mais casamento.__ concluiu ele enquanto Angélica imediatamente se levantava da poltrona e dizia:
__ Papai o senhor não pode fazer isso!Eu amo o Domini e não me casarei com mais ninguém.
   Sua mãe que esteve todo tempo calada, agora lhe Interrompia pondo-se de pé:
__ Cale-se Angélica?Não fale nesse tom com seu pai!Você se casará com quem ordenarmos. Seu pai por certo decidirá, então, cale-se agora!__ordenara sua mãe Tamara com tamanha altivez que a assustara:
__ Angélica, você não pode se casar com o filho de um perdedor!
__ De quem estão falando?__Angélica agora estava realmente desesperada, e seu pai continuou:
__ Do coronel Vicenzo Squiavo, quer dizer, ex- coronel porque agora ele é só um perdedor.
   Angélica não queria acreditar, não podia acreditar no que ouvia. Então começou a pensar: "Em que momento sua vida havia mudado tanto? Será que fora em sua volta para casa? Ou tudo antes era somente um lindo sonho e agora é que estava realmente acordada?"
   Seu pai continuava, sem imaginar os pensamentos dela:__ Na cidade não se fala em outra coisa. Ele perdera tudo em uma jogada de pôquer e agora não lhe resta mais nada. Eu não vou deixar que minha única filha se case com um pobretão!
   As lágrimas rolavam pelo rosto dela sem que ela pudesse impedir e com elas todos seus sonhos da vida que traçara ao lado de Domini:
__ Ela não se casará com ele. Está decidido.__dissera sua mãe deliberadamente:
__ Sim, está decidido, ela se casará com João da Costa Almeida.__sinalizou seu pai exasperado.
 "João?" pensou Angélica: "Seus pais sempre foram terminantemente contra uma união como aquelas, com um (sujeito sem berço), como seu pai sempre o chamou, quando negara um pedido de casamento dele, por que isso agora?" Angélica só conseguia chorar:
__ Eu sei o que está se perguntando, mas agora é diferente. Eles são a família mais rica da cidade, e é isso que importa. Precisamos unir nossas forças.__movida por grande ira Angélica gritou:
__ Forças?Vocês estão me vendendo?
__ Que pense o quiser!Não vai pensar assim quando ele lhe encher de jóias e viagens para a Europa...__Angélica interrompeu sua mãe e disse:
__ Nem todo mundo é igual à senhora mamãe.__então sentiu um tapa sonoro em seu rosto ecoar pela sala:
__ Não fale nesse tom comigo!Agora vá para seu quarto.__Angélica não se movera enchendo sua mãe de ira:__ Angélica, agora!__gritou ela.
   Angélica estava em prantos, mas nada poderia fazer, então subiu as escadas correndo o mais rápido que podia.
  Vicenzo Squiavo se tornara um homem solitário depois da mãe de Domini, que veio a falecer de parto após o nascimento dele numa morte muito sentida, por ela ser muito querida e respeitada, pelo que diziam todos na cidade.
   Clarissa parecia muito saudável até alguns dias antes do parto, mas problemas, decorrentes do parto a debilitaram e ela amanheceu no dia seguinte, morta na cama com o bebê nos braços.
    Após este dia o coronel Vicenzo como, era chamado na cidade, se tornara deprimido e passou a se entregar ao vício de jogos. 
   Depois de tantos anos jogando, sua fortuna havia se evaporado e agora já não restara mais nada.
     Já na manhã seguinte, na mansão Squiavo, os preparativos para a festa de noivado corriam a todo vapor.

     Quando Domini entrou no escritório do pai, logo notou que sua expressão era preocupada e triste. Domini conhecia bem o pai. Sempre viverão sós com os empregados:
__ Senhor meu pai?Que feições são estas?Hoje é o dia do noivado do seu único filho, o senhor não deveria estar feliz?__indagara Domini.
     Imediatamente seu pai se pôs de pé.
     O pai de Domini era um homem idoso, mas forte. Era branco e tinha olhos azuis, barba e cabelos brancos.
   Seu aspecto era muito triste e cansado.
   Vicenzo andou na direção a uma janela que estava atrás da mesa onde antes se sentara.
    Estava de costas para Domini quando avisou num tom áspero:
__ Não haverá mais casamento.
    Ao ouvir aquelas palavras, Domini ficou em estado de choque olhando para seu pai, que percebendo seu silêncio, virou-se para olhá-lo.
   Domini era a melhor coisa na vida de Vicenzo.  Por Domini, ele resistiu toda sua dor com a perda da esposa.
   Ele era tão bonito. Se parecia tanto com sua mãe. Sua beleza, sua bondade e força.
   Domini sempre fora tão íntegro, desde criança. Agora o via ali, parado sem ação e nada podia fazer por seu filho.
   Vicenzo se sentiu impotente:__ Amâncio enviou um de seus servos para dar o aviso.__antes mesmo que Vicenzo terminasse de falar, Domini já estava correndo pela casa em direção à saída.
    Apanhou um cavalo, subiu no animal e galopou.
    Domini se sentia fora de si. Não parecia real. Tinha sonhado com aquele dia, estava tudo certo, ele se casaria com Angélica, seu grande amor.

    Chegando à fazenda da família Schimidt Grotta, a família de Angélica. Ele desceu do cavalo os capatazes tentaram segurá-lo:
__ Não ousem tocar-me.__Domini avisou, já andando rapidamente, até a entrada do casarão.
    Os capatazes não o tocaram, mas o seguiram até a porta:
__ O que significa isso?__perguntou Amâncio assim que Domini entrou em sua sala.
  Amâncio se encontrava sentado na sala sentado em sua poltrona, acompanhado do coronel Pedro da Costa Almeida e seu filho João, já prometido a Angélica.
   Tamara, mãe de Angélica também estava sentada ao lado de seu marido.
  Ao ver que se tratara de Domini, Amâncio se levantou de imediato:
__ Eu é que pergunto: como pôde retirar a palavra dada a meu pai?Um homem de valor não pode voltar atrás em sua palavra!__Domini era firme em suas palavras:
__ Não seja insolente moleque?!Um homem de verdade deve honrar sua família e não foi o que seu pai fez perdendo tudo com jogatinas.__respondeu Amâncio:
__ O que quer dizer?__Domini não entendia:
__ Não me diga que seu pai não lhe contou?
__ Não contou o quê?__perguntava Domine:
__ Hora garoto, seu pai perdeu tudo o que tinham.__respondeu Pedro num tom de impaciência:
__ Sim Domini, seu pai perdeu tudo.__falou João debochado. E continuou:__ Ele perdeu tudo o tinham no jogo pro meu pai e agora vocês estão na sarjeta.__ele fez questão de explicar tudo com muito prazer estampado em seu rosto de anjo.
   E era exatamente assim que João se parecia, como um anjo:
__ É e foi por isso que desfiz o acordo!Não vou permitir que minha filha se una a um perdedor!Um pobretão!Agora saia de minha casa e não volte a procurá-la.__ordenou Amâncio:
__ Não pode fazer isso, eu a amo!E ela...__não permitindo que Domini concluísse o que dizia, Amâncio disse:
__ Posso fazer o que quiser!Não me diga o que fazer em minha própria casa. Eu decido o futuro de minha filha, agora se retire daqui, ou mando meus homens lhe dar uma surra.
__ Eu não tenho medo de você e muito menos de seus homens!Não vou sair daqui, enquanto não vê-la. Quero ouvir da boca dela que não quer se casar comigo!__ambos os homens gritavam:
__ O que Angélica quer não vai mudar nada.__disse a mãe de Angélica pela primeira vez:
__ Somente sairei desta casa quando vir-la.
__ Não me obrigue a...__Amâncio fora então interrompido por Angélica que descia a escada que dava no andar de cima da casa:
__ Não papai, o senhor não precisará.__as palavras que se formavam em sua mente eram mortais e ela sabia que mataria a ambos. Domini e ela mesma:__ Vá embora Domini, não me casarei com você. Por favor, saia. Eu estou pedindo.__as lágrimas rolaram dos olhos de Domini, que só conseguiu dizer:
__ Angélica...
__ Por favor?__implorou ela também chorando.
  Domini não fez mais força e os capatazes o levaram para fora da casa.
  Domini montou seu cavalo e olhou para casa outra vez, antes de sair a galope.

  Passaram-se dias e Domini não saíra mais de seu quarto, nem para se alimentar. Ele comia no quarto, ou pelo menos é o que os empregados achavam que ele fazia.
  Domini ficara sabendo por um de seus servos que Angélica se casaria naquele dia, então resolveu sair.
  Ele montara seu cavalo e desesperado galopou por um bom tempo até chegar a um lugar secreto, pelo menos é o que parecia aquele lugar.
   Fechado no meio da mata.
   Era uma linda e pequena cachoeira.
   Domini descera de seu cavalo e andou até a margem da cachoeira.
   Ajoelhado, ele chorou com as mãos apoiadas no chão, antes de dizer:
__ Eu faria qualquer coisa, qualquer coisa para obter minha vida de volta. Daria qualquer coisa!__murmurou Domini.
   Suas palavras tiveram tanta força, tiveram tanto poder, que quem as ouvisse saberia que era verdade.
  De repente o tempo fechou em nuvens escuras e um homem apareceu atrás de Domini, assustando-o:
__ Quem é você?__Domini podia ver que era um homem muito alto, elegante, forte e notava-se que não era da cidade.
   O homem respondeu:
__ Quem ou o que eu sou não é importante!Mas o que posso fazer... Resta saber... O que você está disposto a me dar em troca.__com olhos assustados Domine disse:
__ Eu não entendo.__e nem poderia mesmo, o homem era um completo estranho e sua presença era assustadora:
__ É muito simples... Posso dar a você o que deseja!Eu ouvi o que disseste... E gostei da sua coragem.
__ Eu ainda não entendo.__Domini falava baixo como se não quisesse espantar o estranho homem:
__ Você quer seu status de volta e eu posso lhe devolver. Mas para isso eu lhe proponho um pacto!__trovões ecoaram no céu:
__ Como seria isso?
__ Você realmente me inspira!Sabe jovem domini...__desta vez Domini o interrompeu:
__ Sabe meu nome?Por certo ouvistes a fama de meu pai na cidade? De que ele seria um jogador, um perdedor!Foi assim que soube meu nome?
__ Certamente!Mas não se surpreenda!Eu sei muitas coisas. Então?Faremos o pacto?
__ Se eu aceitar?
__ Aceitará. Basta repetir as palavras e... Confiar!
    Por mais que Domini pensasse em negar, aquele homem parecia ter o poder de persuadir com seu olhar e tom de voz:
__ Quais palavras?
__ "Se devolveres toda minha riqueza e poder, eu juro! Minha alma será sua para sempre!"
   Domini repetiu aquelas palavras, sob uma série de trovões e uma intensa tempestade que começou a cair naquele lugar, enquanto que o homem gargalhava.
  O homem de repente desapareceu e com ele a tempestade, os raios e trovões. O dia tornou-se claro e um lindo sol surgiu num céu super azul.
  Domine assustado com o que acabara de presenciar montou seu cavalo e voltou para casa às grandes passadas.
  Chegando a casa, pôde ouvir seu pai contando uma grande notícia ao seu servo de confiança:
__ É um bilhete do banco. Alguém quitou toda minha divida, e ainda restou-nos uma grande fortuna.__Vicenzo quase não cria no que seus próprios ouvidos ouviam:
__ E como sucedeu isto meu pai?__perguntou Domini ainda incrédulo com o que ouvia:
__ Não sei filho, eu mesmo quase que não cri não fosse o papel timbrado do banco!Mas é fato o funcionário do banco me garantiu.
   Antes mesmo que seu pai terminasse Domini já estava montando novamente em seu cavalo e correndo para a fazenda onde Angélica morava para pedir sua mão em casamento.
   “Ela não se casaria com aquele pulha do João.” Pensou Domini, agradecendo ao estranho homem.

  Não demorou muito para Domini chegar à fazenda e perceber que algo não estava bem.
   A movimentação não era normal para um casamento. Domini notara nas expressões algo ruim.
   Era a mesma vizinhança que conhecia desde criança, mas seus rostos estavam contorcidos com alguma coisa que parecia ser dor.
   Ele andava no meio delas e elas o olhavam com um misto de curiosidade e dó. “Estavam sentindo pena dele?” Pensou Domini.
  Quando entrou na casa.  Logo avistou João amparado pelo pai. E estranhamente atrás estavam o senhor e a senhora Amâncio Peixoto Fraga. “Eles estavam chorando?” Domini cogitava todas essas opções quando alguma coisa descendo as escadas sendo carregado pelos enfermeiros que chamou a sua atenção.
   Imediatamente ele soube. “Ela não viveria sem ele.”
   Domini paralisou em seu lugar e não conseguia se movimentar.
   Algo estava errado. 
   O pacto?
   Tudo seria devolvido!Foi o que o homem dissera.
   Ele mentira?
  Domini se aproximou do corpo de Angélica e descobriu o rosto que estava coberto assim como todo o corpo.
   Ela estava linda em seu rosto de anjo.
   Vê-la morta era como que se arrancassem seu espírito do corpo também. Nada mais fazia sentido.  Nem sua própria vida.
   Uma ira incontrolável alcançou Domini que se voltou para as pessoas na sala:
__ Satisfeitos?Estão felizes agora?Ela está morta!__ gritava ele em prantos. Quase não conseguia enxergar por conta das lágrimas:__ Vocês a mataram!Assassinos!Assassinos!__enquanto ele gritava os capatazes o arrancavam da sala, deixando a mãe de Angélica em desespero:
__ Calem a boca dele!__ela gritava, ainda sendo amparada por seu marido, que se mantém mais forte.

  Já do lado de fora Domini correu até seu cavalo e saiu daquele lugar de morte.
   Angélica seu grande amor havia se matado e nada mais restara para ele se não o mesmo destino.
  Domini estava de volta à mesma cachoeira onde fez o pacto e ajoelhou-se no mesmo lugar. Da mesma forma. Permanecendo ali por muito tempo.
   Quando suas lágrimas secaram, ele se levantou e olhou para uma árvore.
   Tinha tomado sua decisão. Não viveria sem Angélica. Daria o mesmo fim a sua miserável vida.
   Andando até o cavalo, desamarrou o arreio, libertando o animal e expulsando-o.
   Com a corda do arreio ele subiu na árvore. Amarrou uma ponta da corda em seu pescoço e a outra ponta no galho da árvore.
  Apesar de amar seu pai, não poderia viver em um mundo onde angélica não existisse, então estava decidido.
   Domini pulou.
   Desesperado ele sentiu-se sufocar.
   Seus olhos esbugalharam para fora e lacrimejaram.
   Sua cabeça doía horrivelmente e a corda rasgava a pele do pescoço, estrangulando-o.
   Uma dor lancinante tomou conta de seu peito que parecia ser esmagado com o peso de um cavalo. Até que ele parou de respirar.
   Seus olhos se fecharam vagarosamente.
   Ele estava morto. Mas seu coração ainda batia estranhamente mais forte agora... E alto. Porém também parou.
   Finalmente o coração de Domini parou de bater o que significava que ele estava morto.
   Não estava.
   Ele havia morrido. Seu coração parado.  E ele não mais respirava. 
   Ele acordaria para outra vida.
   Agora ele era.
   Imortal.

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