O pacto
Ano de 1710, Brasil.
Na pacata e pequena cidade de Fervedouro, no estado de Minas Gerais, as
tardes eram sempre frescas e o clima sempre Ameno. Não que Angélica percebesse
qualquer coisa quando estava com seu amor e quase noivo. Domini Squiavo:
__ Amanhã é o nosso grande
dia.__lembrou-lhe
Domini sussurrando em seu ouvido, como se ela pudesse esquecer o dia em que
finalmente ficaria noiva com ele.
Mesmo depois de tantos anos, Angélica, que
conhecia Domini toda sua vida; não se cansava de admirá-lo.
Não que ninguém mais notasse em seus um
metro e noventa de altura, sua pele de um tom quase europeu, seus olhos azuis, cabelos
de um castanho escuro, traços angulosos e um queixo perfeito. Domini era
realmente, um belo rapaz. Sempre muito bem vestido e asseado.
Aquele casamento era aguardado por quase
toda cidade e seus pais faziam muito gosto, pois uniriam duas grandes fortunas:
__ Achas que eu
esqueceria?__respondeu
ela sorridente após um suave beijo.
Angélica, também fazia parte dos sonhos de
muitos rapazes da cidade.
Certamente era uma moça muito bela e sua
beleza angelical equiparavam a Domini, fazendo-os parecerem irmãos:__ Muito em breve serei tua
esposa.__ Domini,
antes mesmo, que Angélica dissesse algo mais, beijou-a com paixão, envolvendo-a
com seus braços fortes.
Sempre que Domini a beijava daquela maneira,
Angélica se esquivava. Não por não desejá-lo, mas por temer se envolver em seu
próprio desejo e perder-se naqueles beijos tão quentes que faziam com que toda
sua pele parecesse queimar.
Angélica queria guardar-se para o casamento,
e por mais que amasse Domini, ela também não queria decepcionar seu pai. O
coronel Amâncio Peixoto Fraga:__ Preciso ir-me agora.__ concluiu ela já se soltando dos braços dele:__ Por certo que sonharei
contigo esta noite, ansiando que o amanhã tão logo chegue!
Ela já corria pelos campos de volta para
casa, deixando Domini suspirando e também ansioso pelo reencontro com sua
amada.
Angélica não demorou em chegar a casa onde
seus pais lhe aguardavam, e ao vê-los, logo soube que algo não estava certo:__ Papai, mamãe?Algum
problema?__algo em
seus rostos, fez com que Angélica se arrependesse por ter perguntado. Ela
pensou: Talvez não quisesse saber a resposta, mas seu pai tratou logo em lhe
dar:
__ Angélica minha
filha...__dizia o
homem sentado na poltrona, posicionada embaixo de uma grande janela coberta por
também grandes cortinas de cetim de cor azul e rendas brancas.
Toda a mobília era muito luxuosa e em tons
azuis.
O pai de Angélica era um homem forte,
alto e de meia idade, porém sua pele era bronzeada pelo tempo quente e
ensolarado, clima que costumava fazer em Fervedouro, lhe dava um aspecto mais
rude do que realmente era. Seus cabelos negros lhe davam um ar mais jovem.
Sua mãe na verdade era mais jovem que seu
pai, mas sua seriedade lhe dava sempre o ar mais velho e quase cruel. Seus
olhos azuis acentuavam-se sob sua pele branca, alva e os cabelos longos tinham
um tom castanho avermelhado, que faziam dela uma das mulheres mais belas
daquela pequena cidade. Sempre bem vestida, bem maquiada. Ela era realmente
muito chique para aquele povoado:__ Sente-se aqui.__ordenou seu pai, fazendo um gesto com as mãos; para que ela se sentasse a
seu lado, em outra poltrona:__ Precisamos conversar...__e esperou que ela se sentasse pacientemente. Ele continuou:__ Eu sou seu pai e como
tal eu preciso tomar certas decisões que nem sempre serão entendidas por
você... Mas eu acabei de chegar da cidade onde ouvi umas histórias que de certo
me fizeram tomar uma atitude que não irá agradá-la, mas não posso deixar que
faça parte dessa sujeira...__ele parou para olhá-la e notou que ela já parecia meio desesperada, mas
ainda assim continuou:__ Não haverá mais casamento.__ concluiu ele enquanto Angélica imediatamente se levantava da poltrona e
dizia:
__ Papai o senhor não pode
fazer isso!Eu amo o Domini e não me casarei com mais ninguém.
Sua mãe que esteve todo tempo calada, agora
lhe Interrompia pondo-se de pé:
__ Cale-se Angélica?Não
fale nesse tom com seu pai!Você se casará com quem ordenarmos. Seu pai por
certo decidirá, então, cale-se agora!__ordenara sua mãe Tamara com tamanha altivez que a assustara:
__ Angélica, você não pode
se casar com o filho de um perdedor!
__ De quem estão falando?__Angélica agora estava
realmente desesperada, e seu pai continuou:
__ Do coronel Vicenzo Squiavo,
quer dizer, ex- coronel porque agora ele é só um perdedor.
Angélica não queria acreditar, não podia acreditar no que ouvia. Então
começou a pensar: "Em que momento sua vida havia mudado tanto? Será que
fora em sua volta para casa? Ou tudo antes era somente um lindo sonho e agora é
que estava realmente acordada?"
Seu pai continuava, sem imaginar os
pensamentos dela:__ Na cidade não se fala em outra coisa. Ele perdera tudo em uma jogada de
pôquer e agora não lhe resta mais nada. Eu não vou deixar que minha única filha
se case com um pobretão!
As lágrimas rolavam pelo rosto dela sem que
ela pudesse impedir e com elas todos seus sonhos da vida que traçara ao lado de
Domini:
__ Ela não se casará com
ele. Está decidido.__dissera sua mãe deliberadamente:
__ Sim, está decidido, ela
se casará com João da Costa Almeida.__sinalizou seu pai exasperado.
"João?" pensou Angélica: "Seus
pais sempre foram terminantemente contra uma união como aquelas, com um
(sujeito sem berço), como seu pai sempre o chamou, quando negara um pedido de
casamento dele, por que isso agora?" Angélica só conseguia chorar:
__ Eu sei o que está se
perguntando, mas agora é diferente. Eles são a família mais rica da cidade, e é
isso que importa. Precisamos unir nossas forças.__movida por grande ira Angélica
gritou:
__ Forças?Vocês estão me
vendendo?
__ Que pense o quiser!Não
vai pensar assim quando ele lhe encher de jóias e viagens para a Europa...__Angélica interrompeu sua
mãe e disse:
__ Nem todo mundo é igual à
senhora mamãe.__então
sentiu um tapa sonoro em seu rosto ecoar pela sala:
__ Não fale nesse tom
comigo!Agora vá para seu quarto.__Angélica não se movera enchendo sua mãe de ira:__ Angélica, agora!__gritou ela.
Angélica estava em prantos, mas nada poderia
fazer, então subiu as escadas correndo o mais rápido que podia.
Vicenzo Squiavo se tornara um homem solitário
depois da mãe de Domini, que veio a falecer de parto após o nascimento dele
numa morte muito sentida, por ela ser muito querida e respeitada, pelo que
diziam todos na cidade.
Clarissa parecia muito saudável até alguns
dias antes do parto, mas problemas, decorrentes do parto a debilitaram e ela
amanheceu no dia seguinte, morta na cama com o bebê nos braços.
Após
este dia o coronel Vicenzo como, era chamado na cidade, se tornara deprimido e
passou a se entregar ao vício de jogos.
Depois de tantos anos jogando, sua fortuna
havia se evaporado e agora já não restara mais nada.
Já na manhã seguinte, na mansão Squiavo,
os preparativos para a festa de noivado corriam a todo vapor.
Quando Domini entrou no escritório do pai,
logo notou que sua expressão era preocupada e triste. Domini conhecia bem o
pai. Sempre viverão sós com os empregados:
__ Senhor meu pai?Que
feições são estas?Hoje é o dia do noivado do seu único filho, o senhor não
deveria estar feliz?__indagara Domini.
Imediatamente seu pai se pôs de pé.
O pai de Domini era um homem idoso, mas
forte. Era branco e tinha olhos azuis, barba e cabelos brancos.
Seu aspecto era muito triste e cansado.
Vicenzo andou na direção a uma janela que
estava atrás da mesa onde antes se sentara.
Estava de costas para Domini quando avisou num
tom áspero:
__ Não haverá mais
casamento.
Ao ouvir aquelas palavras, Domini ficou em
estado de choque olhando para seu pai, que percebendo seu silêncio, virou-se
para olhá-lo.
Domini era a melhor coisa na vida de
Vicenzo. Por Domini, ele resistiu toda sua
dor com a perda da esposa.
Ele era tão bonito. Se parecia tanto com sua
mãe. Sua beleza, sua bondade e força.
Domini sempre fora tão íntegro, desde
criança. Agora o via ali, parado sem ação e nada podia fazer por seu filho.
Vicenzo se sentiu impotente:__ Amâncio enviou um de
seus servos para dar o aviso.__antes mesmo que Vicenzo terminasse de falar, Domini já estava correndo
pela casa em direção à saída.
Apanhou um cavalo, subiu no animal e
galopou.
Domini se sentia fora de si. Não parecia
real. Tinha sonhado com aquele dia, estava tudo certo, ele se casaria com Angélica,
seu grande amor.
Chegando à fazenda da família Schimidt Grotta,
a família de Angélica. Ele desceu do cavalo os capatazes tentaram segurá-lo:
__ Não ousem tocar-me.__Domini avisou, já andando
rapidamente, até a entrada do casarão.
Os
capatazes não o tocaram, mas o seguiram até a porta:
__ O que significa isso?__perguntou Amâncio assim
que Domini entrou em sua sala.
Amâncio se encontrava sentado na sala sentado
em sua poltrona, acompanhado do coronel Pedro da Costa Almeida e seu filho João,
já prometido a Angélica.
Tamara, mãe de Angélica também estava
sentada ao lado de seu marido.
Ao ver que se tratara de Domini, Amâncio se
levantou de imediato:
__ Eu é que pergunto: como
pôde retirar a palavra dada a meu pai?Um homem de valor não pode voltar atrás
em sua palavra!__Domini era
firme em suas palavras:
__ Não seja insolente
moleque?!Um homem de verdade deve honrar sua família e não foi o que seu pai
fez perdendo tudo com jogatinas.__respondeu Amâncio:
__ O que quer dizer?__Domini não entendia:
__ Não me diga que seu pai
não lhe contou?
__ Não contou o quê?__perguntava Domine:
__ Hora garoto, seu pai
perdeu tudo o que tinham.__respondeu Pedro num tom de impaciência:
__ Sim Domini, seu pai
perdeu tudo.__falou João
debochado. E continuou:__ Ele perdeu tudo o tinham no jogo pro meu pai e agora vocês estão na
sarjeta.__ele fez
questão de explicar tudo com muito prazer estampado em seu rosto de anjo.
E era exatamente assim que João se parecia,
como um anjo:
__ É e foi por isso que
desfiz o acordo!Não vou permitir que minha filha se una a um perdedor!Um
pobretão!Agora saia de minha casa e não volte a procurá-la.__ordenou Amâncio:
__ Não pode fazer isso, eu
a amo!E ela...__não
permitindo que Domini concluísse o que dizia, Amâncio disse:
__ Posso fazer o que quiser!Não me diga o que fazer em
minha própria casa. Eu decido o futuro de minha filha, agora se retire daqui,
ou mando meus homens lhe dar uma surra.
__ Eu não tenho medo de você
e muito menos de seus homens!Não vou sair daqui, enquanto não vê-la. Quero
ouvir da boca dela que não quer se casar comigo!__ambos os homens gritavam:
__ O que Angélica quer não
vai mudar nada.__disse a mãe
de Angélica pela primeira vez:
__ Somente sairei desta
casa quando vir-la.
__ Não me obrigue a...__Amâncio fora então interrompido
por Angélica que descia a escada que dava no andar de cima da casa:
__ Não papai, o senhor não
precisará.__as palavras
que se formavam em sua mente eram mortais e ela sabia que mataria a ambos. Domini
e ela mesma:__ Vá embora Domini,
não me casarei com você. Por favor, saia. Eu estou pedindo.__as lágrimas rolaram dos
olhos de Domini, que só conseguiu dizer:
__ Angélica...
__ Por favor?__implorou ela também
chorando.
Domini
não fez mais força e os capatazes o levaram para fora da casa.
Domini montou seu cavalo e olhou para casa
outra vez, antes de sair a galope.
Passaram-se dias e Domini não saíra mais de
seu quarto, nem para se alimentar. Ele comia no quarto, ou pelo menos é o que
os empregados achavam que ele fazia.
Domini ficara sabendo por um de seus servos
que Angélica se casaria naquele dia, então resolveu sair.
Ele montara seu cavalo e desesperado galopou
por um bom tempo até chegar a um lugar secreto, pelo menos é o que parecia
aquele lugar.
Fechado no meio da mata.
Era uma linda e pequena cachoeira.
Domini descera de seu cavalo e andou até a
margem da cachoeira.
Ajoelhado, ele chorou com as mãos apoiadas
no chão, antes de dizer:
__ Eu faria qualquer coisa,
qualquer coisa para obter minha vida de volta. Daria qualquer coisa!__murmurou Domini.
Suas palavras tiveram tanta força, tiveram
tanto poder, que quem as ouvisse saberia que era verdade.
De repente o tempo fechou em nuvens escuras e
um homem apareceu atrás de Domini, assustando-o:
__ Quem é você?__Domini podia ver que era
um homem muito alto, elegante, forte e notava-se que não era da cidade.
O homem respondeu:
__ Quem ou o que eu sou não
é importante!Mas o que posso fazer... Resta saber... O que você está disposto a me dar
em troca.__com olhos
assustados Domine disse:
__ Eu não entendo.__e nem
poderia mesmo, o homem era um completo estranho e sua presença era assustadora:
__ É muito simples... Posso
dar a você o que deseja!Eu ouvi o que disseste... E gostei da sua coragem.
__ Eu ainda não entendo.__Domini falava baixo como
se não quisesse espantar o estranho homem:
__ Você quer seu status de volta
e eu posso lhe devolver. Mas para isso eu lhe proponho um pacto!__trovões ecoaram no céu:
__ Como seria isso?
__ Você realmente me
inspira!Sabe jovem domini...__desta vez Domini o interrompeu:
__ Sabe meu nome?Por certo
ouvistes a fama de meu pai na cidade? De que ele seria um jogador, um
perdedor!Foi assim que soube meu nome?
__ Certamente!Mas não se surpreenda!Eu
sei muitas coisas. Então?Faremos o pacto?
__ Se eu aceitar?
__ Aceitará.
Basta repetir as palavras
e... Confiar!
Por mais que Domini pensasse em
negar, aquele homem parecia ter o poder de persuadir com seu olhar e tom de
voz:
__ Quais
palavras?
__ "Se devolveres toda minha
riqueza e poder, eu juro! Minha alma
será sua para sempre!"
Domini repetiu aquelas palavras, sob uma
série de trovões e uma intensa tempestade que começou a cair naquele lugar, enquanto
que o homem gargalhava.
O homem de repente desapareceu e com ele a tempestade,
os raios e trovões. O dia tornou-se claro e um lindo sol surgiu num céu super
azul.
Domine assustado com o que acabara de
presenciar montou seu cavalo e voltou para casa às grandes passadas.
Chegando a casa, pôde ouvir seu pai contando
uma grande notícia ao seu servo de confiança:
__ É um bilhete do banco. Alguém
quitou toda minha divida, e ainda restou-nos uma grande fortuna.__Vicenzo quase não cria no
que seus próprios ouvidos ouviam:
__ E como sucedeu isto meu
pai?__perguntou
Domini ainda incrédulo com o que ouvia:
__ Não sei filho, eu mesmo
quase que não cri não fosse o papel timbrado do banco!Mas é fato o funcionário
do banco me garantiu.
Antes mesmo que seu pai terminasse Domini já estava montando novamente em
seu cavalo e correndo para a fazenda onde Angélica morava para pedir sua mão em
casamento.
“Ela não se casaria com aquele pulha do
João.” Pensou Domini, agradecendo ao estranho homem.
Não demorou muito para Domini chegar à
fazenda e perceber que algo não estava bem.
A movimentação não era normal para um
casamento. Domini notara nas expressões algo ruim.
Era a mesma vizinhança que conhecia desde
criança, mas seus rostos estavam contorcidos com alguma coisa que parecia ser
dor.
Ele andava no meio delas e elas o olhavam
com um misto de curiosidade e dó. “Estavam sentindo pena dele?” Pensou Domini.
Quando entrou na casa. Logo avistou João amparado pelo pai. E
estranhamente atrás estavam o senhor e a senhora Amâncio Peixoto Fraga. “Eles
estavam chorando?” Domini cogitava todas essas opções quando alguma coisa
descendo as escadas sendo carregado pelos enfermeiros que chamou a sua atenção.
Imediatamente ele soube. “Ela não viveria sem
ele.”
Domini paralisou em seu lugar e não
conseguia se movimentar.
Algo estava errado.
O pacto?
Tudo seria devolvido!Foi o que o homem dissera.
Ele mentira?
Domini se aproximou do corpo de Angélica e
descobriu o rosto que estava coberto assim como todo o corpo.
Ela estava linda em seu rosto de anjo.
Vê-la morta era como que se arrancassem seu
espírito do corpo também. Nada mais fazia sentido. Nem sua própria vida.
Uma ira incontrolável alcançou Domini que se
voltou para as pessoas na sala:
__ Satisfeitos?Estão
felizes agora?Ela está
morta!__ gritava ele em prantos. Quase não conseguia enxergar por conta das
lágrimas:__ Vocês a
mataram!Assassinos!Assassinos!__enquanto ele gritava os capatazes o arrancavam da sala, deixando a mãe de
Angélica em desespero:
__ Calem a boca dele!__ela gritava, ainda sendo
amparada por seu marido, que se mantém mais forte.
Já do lado de fora Domini correu até seu
cavalo e saiu daquele lugar de morte.
Angélica seu grande amor havia se matado e
nada mais restara para ele se não o mesmo destino.
Domini estava de volta à mesma cachoeira onde
fez o pacto e ajoelhou-se no mesmo lugar. Da mesma forma. Permanecendo ali por
muito tempo.
Quando suas lágrimas secaram, ele se
levantou e olhou para uma árvore.
Tinha tomado sua decisão. Não viveria sem
Angélica. Daria o mesmo fim a sua miserável vida.
Andando até o cavalo, desamarrou o arreio,
libertando o animal e expulsando-o.
Com a corda do arreio ele subiu na árvore. Amarrou
uma ponta da corda em seu pescoço e a outra ponta no galho da árvore.
Apesar de amar seu pai, não poderia viver em
um mundo onde angélica não existisse, então estava decidido.
Domini pulou.
Desesperado
ele sentiu-se sufocar.
Seus olhos esbugalharam para fora e
lacrimejaram.
Sua cabeça doía horrivelmente e a corda
rasgava a pele do pescoço, estrangulando-o.
Uma
dor lancinante tomou conta de seu peito que parecia ser esmagado com o peso de
um cavalo. Até que ele parou de respirar.
Seus
olhos se fecharam vagarosamente.
Ele estava morto. Mas seu coração ainda
batia estranhamente mais forte agora... E alto. Porém também parou.
Finalmente
o coração de Domini parou de bater o que significava que ele estava morto.
Não estava.
Ele havia morrido. Seu coração parado. E ele não mais respirava.
Ele acordaria para outra vida.
Agora ele era.
Imortal.